quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Porto – Portugal

E voltamos a Portugal, ora pois! Depois de conhecer Lisboa, visitamos a também muita famosa cidade de Porto! Sabe o tal vinho do Porto? Pois é! É de lá que ele vem.

Porto fica bem mais ao Norte que Lisboa, no noroeste do país, na costa do oceano Atlântico. Ela é a segunda cidade e o quarto município mais populoso de Portugal, segundo a Wikipédia, mas para os nossos padrões brasileiros é razoavelmente pequena e pode ser bem explorada em 4 dias.

Para facilitar, dividi os atrativos do lugar em 3 tópicos, vamos lá!


1. Centro:
Visitamos alguns dos principais lugares do centro de Porto. Se você tiver apenas um dia para esta parte, comece pelos lugares mais altos e vá descendo em direção ao rio. A Torre dos Clérigos é um ótimo local para iniciar. A antiga igreja tem uma torre de 75 m de altura, de onde é possível avistar toda a cidade do Porto. Vá preparado para subir alguns degraus - nada de elevador por ali! O valor da entrada é € 4,00.

Ali do lado fica a Livraria Lello & Irmão, famosa por sua escada de madeira. Apesar de bonita, ela é pequena, e forma filas do lado de fora (se programe para ir por volta do horário de almoço, quando fica mais vazia). A entrada também tem um valor de € 4,00 mas que pode ser convertido em desconto para livros. Já vá com um na cabeça!


Dali até o rio, você passará pela linda Igreja da Sé e também pelo Miradouro da Vitória, um ponto ótimo para uma foto e uma pausa! Não precisa pagar nada para entrar. De lá, entre você e a Ponte de D. Luis estarão mais degraus – Porto é cheia de escadas, leve seu tênis! – mas há a opção de pegar um funicular para descer. Ao chegar no rio você tem várias opções: fazer um passeio de barco, comer, visitar as feirinhas ou atravessar para o outro lado, onde já é a cidade de Vila Nova de Gaia (ali que ficam as lojas de vinho). Não esqueça de fazer o passeio de teleférico e, se ainda tiver tempo, visite também o Jardim Palácio de Cristal, a Casa da Música e o Palácio a Bolsa.





2. Vinhos:
Vamos começar pelo começo: existem as Caves e as Quintas. Caves são os lugares onde são apresentados e armazenados os vinhos para vender; são grandes armazéns, normalmente de madeira ou pedra, sem muito acesso de luz ou calor. Já as Quintas são as vinícolas propriamente ditas, onde as uvas são plantadas, colhidas (às vezes, pisadas) e fermentadas, e onde vinhos normalmente ficam durante o processo de envelhecimento.

Em Gaia eu contei mais de 20 caves! As mais famosas são Taylor´s, Ferreira, Sandeman, Graham’s, Croft, Offley, Cockburn’s e há muitas outras ainda. Visitamos 3 caves e a indicação da vez é para a Taylor´s. Ela tem um museu interno com uma boa explicação sobre a produção, além de uma degustação com os melhores vinhos!

Para visitá-las, confira o horário no site das caves - algumas pedem reserva, outras não. O percurso custa por volta de € 12,00 e tem 2 ou 3 tipos de vinhos para degustação.


Como estávamos com tempo, alugamos o carro um dia e fomos até Pinhão (120 km), conhecer uma das Quintas, a Quinta do Bonfim. A cidade é bem pequena, mas a Quinta é uma das mais famosas! Fizemos um tour privado cheio de perguntas e explicações, e degustamos 3 vinhos. (A degustação também é “personalizada”. São 4 tipos e você pode escolher entre a que mais te agrada, com valores de € 12,00 a € 40,00.) Super valeu a viagem, a Quinta é linda e a estrada que beira o rio então, nem se fala. O único contraponto é sortear o Amigo da Vez para dirigir. Outra opção é ir de trem até lá!




3. Praias:
E não podemos deixar de falar das praias com aquele litoral todo! O metrô chega bem próximo e, a partir dali, você pode escolher para onde quer ir. Demos uma esticada até a praia das Marés, com piscinas de pedra que enchem com a maré, mas outras famosas são a de Matosinhos, Leça da Palmeira, do Aterro, e por aí vai. NO ENTANTO, lembre-se que o mar é muito gelado e há um vento forte também! Fomos no final de setembro e praia pra nós só rolou com casaco.




4. Comidas: 
Sim, se isso é uma dúvida, saiba que você vai comer muito bem em Porto! (E ainda por cima, é barato...) São muitos queijos e vinhos além, claro, dos frutos do mar como bacalhau e polvo. Mas, o prato típico de Porto é a “Francesinha” = um misto quente gigante com vários tipos de carne dentro (linguiça, presunto, bife...), coberto com queijo derretido e molho picante. Ela estava nos meus planos gastronômicos mas, com tanta coisa gostosa pra comer, acabei deixando o sandubão para uma próxima.

Para a sobremesa, não há dúvida: pastel de nata!




*Para quem ainda não sabe a diferença: pastel de nata = pastel de Belém.


Sobre o vinho do Porto... 

Depois de 3 aulas nas caves e quintas, seguem aqui algumas explicações sobre o vinho: São mais de 20 tipos de uvas (castas) que podem ser utilizadas para fazer o vinho do Porto e, dependendo do seu processo, ele pode variar um pouco. Mas o vinho do Porto conhecido mundialmente se destaca por duas principais características: alto teor alcoólico (+ ou - 20%) e pela sua doçura. Isso acontece porque a fermentação dura muito pouco, cerca de 2 ou 3 dias (então as uvas continuam muito doces) e também pela adição de aguardente com 70% de teor alcoólico (1 parte de aguardente para 3 de vinho) para encerrar a fermentação da uva em si.

Ele pode ser envelhecido em grandes barris de madeira, nas barricas menores ou na própria garrafa, dependendo do seu tipo. Alguns, como LBV - Late Bottled Vintage-, são para consumo imediato. Outros, como o Vintage, são vinhos de uma colheita especial, que acontece em média a cada 10 anos, e devem ser envelhecidos em casa por um loooongo período. No rótulo dele vem o ano da colheita. Já nos outros vinhos de Reserva, está o ano de envelhecimento do vinho - como 10 ou 20 anos -, no entanto, essa identificação é uma média das idades de diferentes vinhos misturados, sabia? Por exemplo, 1/4 de um vinho de 20 anos com 3/4 de um vinho de 5 anos produzem uma garrafa com um vinho de 8 anos! =O

Este é um mundo paralelo muito louco, mas a escolha depende apenas da sua expectativa e objetivo.

Boa viagem!

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